Esse sonho não é meu, nunca foi. Entrei nele para ajudar um amigo, um parente, um chefe. Estou brincando de fada madrinha e usando a varinha de condão da empatia para fazer o desejo de alguém se concretizar.

O meu sonho, agora, é de alguém. Deixei de fazer, estava ocupado sendo feliz por outra pessoa. Neste momento, há alguém sorrindo com a minha boca, que esteve ocupada dando ideias para outras pessoas. Meus sonhos estão perdidos na força de vontade de alguém que decidiu mudar.

Tem gente vivendo os nossos sonhos e a gente tá sempre vivendo pelo sonho de alguém. E quando é que vamos viver os próprios sonhos?