E eu que pensei que nunca fosse morrer de amor,
descobri que estou morto há horas.

Desde que o meu olhar cruzou com o seu
a morte me encontrou entre os olhares
e me crucificou pelo amor.

A morte passou a foice entre a gente
e foi-se o momento onde podíamos ter nos conhecido, se amado, se dividido.

E eu que pensei que nunca amaria ninguém de longe, agora sofro com esse amor a sete palmos de distância.

Acabou, amor. E sequer tinha começado.
Não sei porque você retribuiu o olhar.
Esse cruzamento de olhares maldito me fez conhecer a morte
e a morte me impediu de te encontrar.

Ainda não sei se é melhor estar vivo sem saber quem é você
ou se foi melhor ter morrido e o amor ter cruzado comigo.