Enquanto viveu, foi por um objetivo: consumir o amor. Leu todos os livros que falavam sobre. Conhecia todas as magias, vinganças, complôs que envolviam o amor.

Viveu vários tipos de relacionamento. Certa vez foi uma mulher que matava todos que impediam que o amor acontecesse, e no fim casou-se e viveu feliz. Outra, foi uma bruxa que se apaixonou por um mortal e teve que lutar contra toda a sua raça para que o amor vencesse. Também viveu uma mulher submissa, que através da obediência fez com que o amado descobrisse o melhor sentimento do mundo. Foi também vampira, prostituta, esquizofrênica, milionária, deficiente e transexual, e todas elas conseguiram vencer os desafios e viver um amor de verdade.

Consumiu tanto o amor, que o amor a consumiu. Foram tantos tipos e tantos formatos, que o amor próprio se perdeu entre elas. Tentou transformar cada homem que passava em sua vida numa bela história, onde as dificuldades levariam a seu maior objetivo. Mas ninguém jamais suportou a sua forma de ver esse sentimento. Antes do amor chegar, eles partiam. Comprou todas as fórmulas do amor, mas nenhuma funcionou.

Viveu pelo amor, mas jamais deixou que o amor vivesse por ela.