Aprendi a conviver com isso. Essa coisa aí que todo mundo fala mas eu não sei muito bem o que é. “Só acredito vendo”, diria a minha mãe, em referencia a algum santo. Ou seja, se não vi, essa merda não existe. Mas ela está aqui, corroendo alguma parte entre o pâncreas, esôfago e o coração. (não tenho certeza, não entendo de anatomia, mas entendo de dor) Estou convivendo com isso, essa pocilga que não tem forma, mas que me deixa com os olhos pesados, falta de ar e uma mágoa sem tamanho. Eu sei como me livrar, mas ainda não tomei coragem para fazer isso. Se eu tirar isso de mim, você vai embora junto. Não gosto dela, mas gosto de você.