Me levo para lados incertos, na esperança de me encontrar nas brechas das dúvidas. Corro por caminhos estreitos, para me equilibrar mais fácil no percurso. Duvido de mim e das minhas dúvidas, como se as novas fossem me proporcionar mais saber.

Eu tenho medo de acreditar. Tenho medo de imaginar que vai dar certo, cogitar que serei feliz, encontrar a calmaria. O meu pessimismo é ciumento e só deseja o pior para mim. Ele tem medo de que algo possa me devolver o rumo, sendo que o destino é me perder dentro de mim.

Não sou inseguro, só não sei o que fazer comigo.

O nosso fim foi sorte. Foi sorte que acabou antes de que a gente acabasse com o melhor de nós que construímos ao longo do tempo. Provavelmente eu não sobreviveria sem os seus fragmentos na minha personalidade, no meu modo de agir.

Tudo bem você ir, a gente vive pelas despedidas. Se não fosse o som do adeus saindo da sua boca, seria o som do adeus da morte. E eu prefiro mil vezes ver você me deixar do que saber que você não existe mais nessa vida.

A dor vai passar. Vai passar pois uma hora vamos entender que a nossa felicidade não dependia de ambos, mas só de nós. Vamos aprender a nos amar mais, ainda que a gente passe alguns momentos do dia pensando no amor que só o outro sabia oferecer.

Pode ir, para sempre.

Você pode dizer adeus à minha vida, mas jamais ao meu coração.

Consumindo o mundo
sem tempo para pensar,
estava.

Dormindo profundo
acordou para se lamentar,
estafa.