Escolhi ser só, porque estar sozinho é um ponto de vista.
Ao ver um amigo, eu mato a solidão por algumas horas. Nas restantes, a solidão é a minha amiga. Quando nos encontramos, juntamos as solidões. Estamos sozinhos, mas coletivamente. Ao estar com alguém da família, com colegas de trabalho ou em um relacionamento, só ensinamos a nossa solidão a conviver em sociedade. Cada solidão possui um interesse e quando as solidões são compatíveis, surge um vínculo. E no fim da noite, quando estamos a sós, com a consciência e o travesseiro, quem deita ao nosso lado e conforta o nosso âmago é a solidão.

Ao aceitar a solidão, ela se torna a melhor companhia.