Preso em suas curvas sem fim,
me perco em seu ciclo.
Enxergo na cegueira
o proveito que tiro de mim.
Liberta. Tira essa casta.
Preso em você
sou o que me basta.
Termina de forma sorrateira,
tira essa aliança de mim.
Preso em suas curvas sem fim,
me perco em seu ciclo.
Enxergo na cegueira
o proveito que tiro de mim.
Liberta. Tira essa casta.
Preso em você
sou o que me basta.
Termina de forma sorrateira,
tira essa aliança de mim.
É como vestir-se de prazer. Embora não haja nada pelo corpo, vestir-se a com ele faz com que o prazer seja quase que infinito, ainda que por minutos ou poucas horas. O corpo fala e é como se a cabeça não respondesse mais. Todas as sensações tornam-se uma e tudo o que a mente precisa é ejacular. E finalmente você se liberta, se encontra e sofre.
Tire um dia para acordar mais cedo e ver o sol nascer. Ou melhor, não durma e nasça com ele. Tire uma sexta para viajar sem ter nada planejado, somente malas e a vontade de ser feliz na bagagem. Tire o peso do seu dia almoçando em um lugar diferente, fazendo um happy hour de segunda ou tomando o seu drink favorito sem motivo. Tire uma hora para dar risadas de coisas bobas no meio de um momento tenso. Tire cinco minutos para fumar, mesmo que você abomine a nicotina e não vá fumar de verdade, só pelo prazer de parar e respirar. Tire dinheiro da carteira e faça uma massagem rápida para relaxar. Tire um tempo para ouvir música alta, para gritar numa rua deserta ou para qualquer outra forma de extravasar. Tire essa necessidade de se regrar, de se manter, de se bastar. Tire de você essa ideia de que todos os dias tem que ser iguais.