Já fui bem fundo, mas ainda não encontrei. Fixei o meu olhar no seu, analisei a sua córnea, cristalino, pupila e retina, em busca de uma resposta. Analisei sua face, movimentos involuntários com a testa, sobrancelhas ou boca, e nada foi me entregue. Observei seus movimentos, voltas em torno do próprio corpo, mãos na cabeça, braços inquietos, sem resultado. Prestei muita atenção em seu jeito de falar, se o tom da voz mudava, alguma gagueira, desatenção no discurso e tudo continua igual. Vou encontrar, ainda que eu tenha que ir além de onde já fui, ainda que tenha que dar um jeito de invadir a sua mente e fazer parte do seu córtex. Vou descobrir a mentira tão bem guardada dentro de ti.