Já ganhei muitos presentes. Já ganhei roupas, brinquedos, viagens, responsabilidades, perfumes e sorrisos, mas nada me deixa mais feliz do que um elogio sincero.

Aquele tipo de elogio que você é louco para fazer a si mesmo, em voz alta, mas não faz. Um daqueles elogios convictos e egocêntricos que você não faz por medo de parecer arrogante.

E quando o elogio chega da boca de alguém que não está na sua mente, parece que tudo faz sentido. O peito se enche de orgulho, as bochechas enrubescem e a alegria toma conta do corpo. Porque não há presente maior do que notar que as pessoas te notam como você gostaria de ser notado. Não há presente melhor do que sorrir por dentro.

 

A felicidade,
que cabe na boca
dura o tempo de uma bala.

É doce, é delicada
se dissolve
e o que resta é
a sua lembrança.

Dura o tempo de uma bala.
Invade o peito,
arde
e mata.

Guardei os maus momentos e deixei os bons escondidos. Vou usar meu jeans velho, vou colocar a mão nos bolsos e vou te encontrar, felicidade.