Você está preso em sua idade mental. Por mais que tenha obrigações e responsabilidades de adulto, você está condicionado ao seu eu-infantil.

Você é birra, não pode ser contrariado e se for, um “lá lá lá” e os dedos tampando os ouvidos torna-se argumento e isso vira a solução. Mal sabe você que os dedos empurram para a sua cabeça mais problemas e um dia ela pegará birra de você.

Você é imaturo. Está preso em suas próprias vontades. Não quer se programar, a vida é agora. Não quer ir lá, quer ficar aqui porque quer. É do seu jeito. É na sua hora. Em algum momento o parquinho irá fechar e você ficará sozinho.

Você é inconsequente. Hoje aqui e amanhã não se sabe. O dia vai acabar e amanhã terá outro igual. Quer já. Não dá para esperar. É essa aqui. Me vê todos. E nessa de ser tudo tão intenso, na hora do recreio você fica sem nada na lancheira.

Ok. Viva seu momento, consuma o seu mundo infantil. Uma hora a mente irá crescer e os caprichos não vão te cair tão bem como você espera. Está na hora de doar os seus brinquedos. Está na hora da sua vida entrar na puberdade.

Somos um quebra-cabeça. 
De incontáveis mil peças, a gente tenta se finalizar o tempo todo.
O prazer do encaixe nos mantém juntos, pois queremos saber qual é a imagem que formamos.
 Por enquanto, não formamos nada além de um pedaço de um romance, mas sem ver o resultado final, somos apenas peças.
A gente se encaixa, mas não por completo. Estamos há anos tentando encontrar qual peça encaixa com qual. A gente parece se encaixar, as peças não. 
Vem, se dedica comigo. Me ajuda a encontrar o resultado final. Quero ter certeza de que a gente se encaixa perfeitamente. Poder dizer que juntos somos a imagem que sempre imaginamos.

Você mexe comigo. Eu sei, não temos nada a ver, mas há algo em você que me dá vontade de te segurar pelo cabelo e te beijar com vontade. Aliás, vontade é a palavra. Sinto vontade de você, da sua boca, do seu corpo, da gente junto, mas não passa disso. Fico imaginando a sua desenvoltura na cama e que você na vida é coadjuvante, no sexo é protagonista. Provavelmente a gente se daria tão bem sexualmente, a ponto do seu coração bater acelerado por mais dois minutos logo após o coito. Quando percebo, vejo que seríamos só sexo. E que delicia seria estar em você, mas seria horrível ter que continuar com você só por isso. Você mexe comigo, e que continue sendo só isso.