Ela prometeu que tudo ficaria bem. Ela disse que a vida era assim, cheia de altos e baixos e que depois do desespero vem a redenção. Ela me contou que toda vez que ela sentia que não ia conseguir, que estava quase desistindo, ela puxava toda as forças que restavam e tentava novamente, e a calmaria chegava. Ela disse que vai passar. Vai passar quando eu parar de me lamentar e começar a tomar alguma atitude, pois reclamar não resolve problema, só faz ele ficar mais forte. Ela falou que só depende de mim. Depende da mudança de hábito, de falar mais do que fazer, de ser mais do que se é, de depender menos do que se pede. Ela parou de falar. Ela foi embora e me deixou sozinho. Ela sumiu para que eu começasse a mudar.

Fez diferente:
repetiu-se na mudança,
tentou de novo.

As dúvidas tendenciosas dos outros podem ser exteriorizações das suas. Lutamos pela positividade, mas não conseguimos ser positivos o tempo todo.

Boa parte dos nossos pensamentos são pautados em questionamentos que não queremos ter, em dúvidas que desejamos afastar, em inseguranças que não queremos demonstrar. Optamos pela omissão da dor, até que está seja relembrada por alguém. Uma simples pergunta pode virar uma ameaça, um questionamento pode se tornar uma ofensa, uma reflexão pode se transformar em raiva. É como se o outro tivesse a chave da porta dos pensamentos e entrasse na surdina, na madrugada, sem pedir permissão.

A questão é que transparecemos aquilo que tememos e tememos ter as inseguranças expostas. Para nos protegermos de nossas incertezas, precisamos combatê-las. Questione-se e busque alternativas para enfrentar o que te aflige.

Entenda-se, enfrente-se, questione-se, realize-se. Pare de fugir de você.