Vai doer. Cada vez que você se lembrar de quanto se magoou ou que feriu alguém, vai doer cada centímetro do seu peito, da sua cabeça e da sua integridade. Se sabia que era errado, por que o fez?

A impulsividade e o bom senso deveriam andar juntos, mas acho que eles não se gostam. Quem adora a impulsividade é a dúvida, a angústia e a ansiedade. As três dominam a mente e não há o que fazer a não ser agir sem pensar nas consequências. Estas, muitas vezes não são físicas, são psicológicas. Sofrer por algo que foi feito é pior do que ter feito.

Se a cabeça fosse domável, não existiria a culpa. Todos seríamos psicopatas, prontos para o egoísmo e apatia. Mas, dentro do que chamam de normalidade, nos pautamos no passado para sentir o presente e prospectar o futuro. Nossas escolhas não definem quem somos, mas quem seremos. Quando você erra por impulso, é apenas uma forma de dizer ao acometimento que ainda não sabe quem quer ser.

Conviva com o desgosto ou liberte-se dele sendo honesto consigo mesmo. Você não vai se livrar da dor da culpa, mas vai aprender a conviver com ela.