Não definimos muito do que realmente desejamos em nossa jornada, mas passamos boa parte dela tentando definir a nossa personalidade. Olhamos para os lados, reparamos nas pessoas e buscamos referências. O melhor e até o pior de cada ser é um parâmetro que traçamos para nós. Se os astros traçam o nosso destino, a personalidade define o nosso futuro. A partir dela podemos fazer qualquer coisa, chegar em qualquer lugar.

E se pudesse ser qualquer pessoa no mundo, por que você não seria você?

Larguei a minha vida pelos outros e decidi vivê-la por mim. Ter qualidade de vida, cuidar da estética, da mente e da alma. Trabalhar por mim e não por alguém. Ser por mim o que jamais alguém ousou ser. Estou buscando ser a pessoa mais importante da minha vida. Estou buscando a felicidade dentro de mim.

Sabe essa coisa da gente junto?

Da gente deitado na cama, na transversal, um segurando a cabeça com um braço enquanto apoia o corpo todo no cotovelo, e o outro quase encostando o tênis no lençol limpinho, saca?

Da gente reclamando do povo que está com a síndrome do pequeno poder atacada no trabalho, fazendo planos para o final de semana e tendo conversas intrínsecas a respeito do nosso comportamento social, lembra?

Da gente discutindo pelos defeitos do outro, não assumindo os próprios, fugindo dos problemas, ficando sem se falar, não dando o braço a torcer, mas no fim tudo acaba voltando ao normal, já pensou?

Da gente andando na rua, enquanto um vai caminhando mais rápido e o outro tentando acompanhar o passo, mas sempre buscando ficar lado a lado, já reparou?

Da gente planejando um futuro diferente a cada mês, fazendo planos de ter animais, escolher entre casa ou apartamento, cogitar sobre cada um ter o seu canto ou de largar tudo e começar do zero em outro país, tá me entendendo?

Sabe, essa coisa? Não sei, parece amor.