Me separa. Tira de mim o pior e coloca bem longe. Me deixe com os abraços, as risadas, o nexo, a inocência, o desejo, a verdade, a vontade. Deixa tudo aquilo que faz bem e junta de novo. Me junta de novo com você.

Me divide por categoria. Pensa em mim de A a Z e me divide em pedaços, colocando cada coisinha em um canto diferente, só para poder escolher o meu melhor a cada momento.

Me encontra. Me busca de perto, de longe, no esconde-esconde, no Swarm, no Find My iPhone, mas não me deixa fora da sua área. Me procura em cada cantinho, desde a salada que você odeia e lembra que eu gosto, até as meias coloridas que você está usando e que eu fiz você comprar. Me acha em qualquer lugar, mas não me deixe jogado por aí.

Me aceita. Me aceita com o lado bom e ruim. Me aceita dividido ou repleto de certezas. Me aceita de perto e me encontra. Me aceita do jeito que for, só não me nega, amor.

Se o mundo é feito de amor
e existem inúmeros amantes,
como posso ter certeza
que você é o meu único amor?

Não posso.
Prefiro optar pela dúvida.
Duvido que exista mais amor
do que o amar que há
em você.

Me deixe caminhar sozinho, quebrar a cara no caminho, sofrer em paz.

Me deixe errar sem medo do que pode acontecer, sem receio de perder o futuro com você.

Me deixe fazer escolhas. Me deixe com o meu destino. Me deixe optar pelo pior.

Mas, por favor, não me deixe deixar de você.