Quem não é visto, não é lembrado. Mas eu não quero ser visto para que as pessoas se lembrem de mim. Quero que elas se lembrem por quem eu sou, não por onde estive, com quem estive.

Não gosto de ir à bares ou baladas de segunda a segunda, prefiro dormir. Não curto sair em todas as fotos da balada, se eu quisesse um book, pagaria por ele. Não gosto de bêbado que se torna automaticamente o seu melhor amigo de infância. Não quero ficar puxando papo com a hostess pelo chat do Facebook dias antes da balada só para que ela se lembre de mim e me deixe furar fila. Não quero ser VIP. Não quero ser lembrado por indução, quero ser lembrado por osmose.

Minha vida não é coluna social para que todos saibam se transo, se namoro, se terminei, se engatei um romance no outro, se mudei de cargo ou de empresa, se meu salário aumentou ou se a minha rotina é tão linda quanto os outros acham que é. Quero que as pessoas saibam sobre mim porque realmente se importam, não porque querem ser a Mônica Bergamo.

Que fique claro que adoro sair, mas só com quem sai por diversão. Gosto de bares cheios de gente que ri de si, não dos outros. Gosto de festas onde as pessoas vão pelos amigos e pela música, não pelo ar da graça. Gosto de gente que gosta de gente por identificação e empatia, não por obrigação.

Não sou antissocial, tenho sociofobia seletiva: só fico perto de quem gosta de mim de graça, de quem não cobra com interesses ou segundas intenções.

Uma dose de palavras sábias,
com atitudes
meticulosamente carismáticas.

Abraços apertados,
rodopiando no ar.
Silêncio nos olhos.

Receio na hora certa,
anseio na hora errada.
Inúmeras conversas
sobre algo que não sei.

Sentimento de bem estar.
Sentimento de mal estar.

E tudo isso
ao mesmo tempo,
sem nunca
sequer
ter te visto.

Corrompa minha mente,
seduza minha alma,
e eu posso ser seu.

O amor não é prático, mas parece que nunca vou entender isso. Eu espero que você seja a pessoa certa, não posso estar errado sobre tanto sentimento explodindo aqui dentro. Você se encaixa tão perfeitamente em minha vida que até um Lego sentiria inveja. É tão confortável te ter por perto que até meu travesseiro já se conformou. É tão mágico ter você comigo que até a Disney fica ofendida.

Na prática do amor, isso funciona muito bem para mim, mas parece que sou só mais um trem que está passando pela sua vida e você não quer entrar em nenhum vagão. Eu sou um Tupperware sem tampa que você nunca vai usar, uma blusa que encolheu e está jogada no seu guarda-roupa e a academia que está paga para o ano todo mas você nunca pisou lá.

Preciso praticar mais o que sinto por você. A gente combina, mas só do meu lado. Eu gostaria que você fosse o meu agora, o meu momento, mas acho que está predestinado a ser meu depois, o meu amanhã. Não quero esperar pelo futuro, acredito que você é um presente. Vou tentar entender porque o destino te entregou antes do previsto. Vou tentar me conformar com o fato de um dia você não fazer parte da minha vida.

Não vai ser como eu quero. Viver é um aprendizado e eu sempre odiei essa aula. O amor não responde a prática. Ele é uma teoria sem fundamento.